ENXAQUECA
Enxaqueca é uma doença muito mais comum do se imagina. As crises de enxaqueca muitas vezes são confundidas como uma simples dor de cabeça e acabam não recebendo a atenção e tratamentos necessários.
A enxaqueca, ou migrânea, é um dos tipos de dor de cabeça mais comuns, e é motivo de grande procura do pronto socorro ou de uma consulta com um neurologista.
Estima-se que até 20% da população sofra com enxaqueca, sendo mais frequente em mulheres.
Pode acontecer em qualquer idade, mas se manifesta de forma mais frequente em adolescentes e adultos jovens.
Como identificar a enxaqueca?
Nem sempre os sintomas são típicos, mas um médico neurologista consegue reconhecer os seus sintomas.
As características da enxaqueca são:
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Dor unilateral
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Dor Pulsátil
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Dor moderada ou forte intensidade
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Náuseas e vômitos
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Piora com atividade física rotineira (como caminhando ou subir degraus)
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Sensibilidade à luz, sons e cheiros
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Duração prolongada, de 4 a 72 horas
O que significa a aura?
Parte dos pacientes podem ter o que chamamos de Aura, um conjunto de sintomas e sensações que ocorrem geralmente antes da dor de cabeça, ocorrem de forma progressiva (e não súbita) e duram menos de 60 minutos.
A mais comum é a aura visual (90% dos casos): flashes de luz ou imagens brilhantes em ziguezague, seguida da aura sensitiva: formigamento ou dormência progressivos em uma região do corpo.
Gatilhos – fatores desencadeantes de crises
Os gatilhos são estímulos capazes de determinar o surgimento de uma crise de enxaqueca e é importante conhecê-los para evitá-los.
Existem também vários fatores que podem desencadear ou piorar uma crise, que variam de pessoa para pessoa, como:
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Estresse
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Ansiedade
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Jejum prolongado
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Poucas horas de sono ou sono prolongado
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Mudanças hormonais nas mulheres;
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Exposição a luminosidade intensa, sons altos ou cheiros fortes
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Mudanças repentinas no clima ou ambiente
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Esforço físico
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Cigarro
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Cafeína ou abstinência de cafeína (para quem consome muito café diariamente)
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Uso excessivo de medicamentos para dor
A maioria das pessoas com a patologia têm histórico familiar. A doença pode estar relacionada ainda a outras condições médicas, como depressão e ansiedade.
Diagnóstico
O diagnóstico da doença é realizado a partir da análise do histórico de saúde do paciente e identificação dos sintomas característicos, associado ao exame clínico cefaliátrico. Em alguns casos é necessário a realização de exames de imagem do cérebro e vasos cranianos para afastar outras doenças.
É possível evitar as crises?
Sim. A identificação de possíveis fatores desencadeantes das crises é fundamental para obter um melhor controle da doença. Além disso, os pacientes podem tomar alguns cuidados:
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Distribuir adequadamente a carga de trabalho, evitando acúmulo no escritório e o estresse de levar trabalho para casa
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Evitar estender o sono além do horário usual de acordar
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Evitar fadiga excessiva
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Hábitos de vida saudáveis
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Fazer as refeições em horários regulares e não pular refeições
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Eliminar os alimentos identificados como desencadeantes das crises
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Reduzir a ingestão de cafeína
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Evitar o uso de analgésicos sem supervisão médica
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Evitar exposição a luzes, ruídos e cheiros fortes
Como as enxaquecas são tratadas?
A enxaqueca não é apenas uma dor de cabeça comum. Seu tratamento pode ser iniciado nas fases anteriores à apresentação da dor. Não há cura para a enfermidade, mas a terapia alivia os sintomas e pode prevenir crises.
O tratamento pode ser baseado em medicações apenas para alívio da dor e/ou medicações para profilaxia, com objetivo de prevenir as crises.
Diferentes tipos de medicamentos podem aliviar os sintomas durante uma crise. Quanto mais cedo o remédio for utilizado, mais eficaz ele será. Algumas medicações para alívio da dor são analgésicos comuns, anti inflamatórios, antieméticos e triptanos. A substância mais adequada deverá ser prescrita por um médico neurologista.
Já para a profilaxia das crises, as medicações são utilizadas de forma contínua e há uma vasta opção de medicações como beta bloqueadores, alguns antidepressivos e anticonvulsivantes. A escolha da medicação deve ser individualizada para cada paciente, de acordo com seu perfil.
Os pacientes também podem se beneficiar também de procedimentos como infiltração de anestésico local e toxina botulínica.
Medicações injetáveis como anticorpos monoclonais também são uma opção de tratamento.
A Dra. Karlla Lima diagnostica e trata enxaqueca. Agende a sua consulta para tirar dúvidas e discutir opções de tratamentos.